A nova face do colonialismo: os Acordos de Parceria Económica da UE com a África

Por GRAIN
Idioma Portugués

Um novo relatório do GRAIN dá voz a vários países do continente africano a respeito dos efeitos desastrosos sobre a soberania alimentar e a agricultura familiar dos Acordos de Parceria Económica (APEs) iniciados pela União Europeia (UE).

Os APEs são acordos de livre comércio (ALCs) negociados desde 2002 entre os países da ACP (África, Caribe e Pacífico) e a UE.

Apresentados como a vara de condão que promoveria a industrialização e o desenvolvimento económico dos países da ACP, os APEs são, na verdade, acordos bastante injustos ancorados em concepções colonialistas. No presente relatório, examinaremos a maneira com que a APE pode solapar o desenvolvimento do sector agrícola na África.

Embora pouco divulgados, os APEs têm sido objecto da constante oposição das organizações camponesas e da sociedade civil em todo o continente. Os casos de países apresentados no relatório mostram como as comunidades têm lutado para voltar a ter controlo sobre os seus recursose proteger os seus mercados contra a enxurrada de alimentos processados baratos provenientes da UE, junto com os seus pesticidas e organismos geneticamente modificados. Merece destaque a oposição da sociedade civil queniana contra o APE, a resultar num processo judicial que durou mais de dez anos.

Hoje, a subida da resistência contra as políticas neoliberais representa uma oportunidade para os movimentos sociais renovarem a sua oposição contra os APEs e, por extensão, contra todos os ALCs.

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Temas: TLC y Tratados de inversión

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