Com­mo­di­ties Am­bi­en­tais em Missão de Paz – novo mo­delo econô­mico para Amé­rica La­tina e Ca­ribe

Idioma Portugués

O de­bate am­bi­ental tem tudo para ser es­ca­mo­teado ou re­petir ve­lhas ter­gi­ver­sa­ções sobre de­sen­vol­vi­mento e sus­ten­ta­bi­li­dade no ce­nário elei­toral que co­meça a se aquecer. Mais ainda no que tange a cha­mada eco­nomia verde, con­ceito ainda novo para o pú­blico. A eco­no­mista e ati­vista so­ci­o­am­bi­ental Amyra el Kha­lili acaba de lançar o e-book. Como até o tí­tulo su­gere, não se trata de um de­bate de fácil apre­ensão.

As “com­mo­di­ties am­bi­en­tais” são mer­ca­do­rias ori­gi­ná­rias de re­cursos na­tu­rais, pro­du­zidas em con­di­ções sus­ten­tá­veis, e cons­ti­tuem os in­sumos vi­tais para a in­dús­tria e a agri­cul­tura. Estes re­cursos na­tu­rais se di­videm em sete ma­trizes: 1. água; 2. energia, 3. bi­o­di­ver­si­dade; 4. flo­resta; 5. mi­nério; 6. re­ci­clagem; 7. re­dução de emis­sões po­lu­entes (no solo, na água e no ar). As com­mo­di­ties am­bi­en­tais estão sempre con­ju­gadas a ser­viços so­ci­o­am­bi­en­tais – eco­tu­rismo, tu­rismo in­te­grado, cul­tura e sa­beres, edu­cação, in­for­mação, co­mu­ni­cação, saúde, ci­ência, pes­quisa e his­tória, entre ou­tras va­riá­veis que não são con­si­de­radas nas com­mo­di­ties con­ven­ci­o­nais.

En­quanto as com­mo­di­ties con­ven­ci­o­nais (agro­pe­cuá­rias e mi­ne­rais) se con­cen­tram em al­guns poucos pro­dutos da pauta de ex­por­tação com es­calas de pro­dução, com alta com­pe­ti­vi­dade e tec­no­logia de ponta (trans­genia, na­no­tec­no­logia, bi­o­logia sin­té­tica, ge­o­en­ge­nharia etc.) nas com­mo­di­ties am­bi­en­tais de­sen­vol­vemos cri­té­rios de pro­dução al­ter­na­tiva como a agro­e­co­logia, a or­gâ­nica, a per­ma­cul­tura, a bi­o­di­nâ­mica, a agri­cul­tura de sub­sis­tência con­sor­ciada com pes­quisa de fauna e flora, como as plantas me­di­ci­nais, exó­ticas e em ex­tinção. Exem­pli­fico a pes­quisa com o banco de ger­mo­plasma do bioma ma­ca­ro­nésia (misto de bioma amazô­nico com mata atlân­tica).

“Uma coisa é fi­nan­ciar um pro­jeto de mi­ti­gação (re­dução de emis­sões), a outra é emitir tí­tulos para as Bolsas ou ne­go­ciar com­mo­di­ties nas Bolsas. São coisas di­fe­rentes, têm fun­ções di­fe­rentes; não de­ve­riam se fundir e muito menos se con­fundir. Ocorre que com os ins­tru­mentos da eco­nomia verde ci­tados an­te­ri­or­mente, estão fun­dindo e con­fun­dindo pro­po­si­ta­da­mente os con­tratos em uma ar­qui­te­tura fi­nan­ceira pe­ri­gosa. Mi­tigar não ocorre da noite para o dia, leva anos e anos, e muitos que estão as­si­nando con­tratos, acordos e pro­jetos nem es­tarão vivos para saber seus re­sul­tados, com­pro­me­tendo assim o pa­trimônio am­bi­ental e cul­tural das pre­sentes e fu­turas ge­ra­ções, como é o caso das terras dos povos in­dí­genas e tra­di­ci­o­nais”

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Temas: Economía verde

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