Brasil: campanha salve a Ilha de São Luís

Idioma Portugués
País Brasil

A instalação do pólo siderúrgico em São Luís implicará na destruição de 10 mil hectares de manguezais (desmatamento e aterramento) para a instalação das usinas e construção de um porto

Prezados amigo e amigas

A Companhia Vale do Rio Doce e do Governo do Estado do Maranhão pretendem instalar um Pólo Siderúrgico na ilha de São Luís, cidade patrimônio mundial da humanidade e que possui densidade demográfica de 1.159 hab/km2.

O pólo siderúrgico terá três usinas siderúrgicas para produção de 22,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, o que representaria 72 % da produção brasileira e 2,3 % da produção mundial de 2003. A instalação do pólo siderúrgico em São Luís implicará na destruição de 10 mil hectares de manguezais (desmatamento e aterramento) para a instalação das usinas e construção de um porto. Essa área tem 36 brejos que formam nascentes de rios e riachos. Os manguezais do Maranhão cobrem uma área de aproximadamente 500.000 hectares, quase a metade dos mangues do Brasil, com florestas que chegam a 40 m de altura, sendo o Estado que tem a maior área contínua de manguezais no mundo..

Abrigam uma importante biodiversidade em sua fauna e flora. As principais espécies arbóreas que ocorrem são: Rhizophora mangle, Rhizophora racemosa, Rhizophora harrisonii, Laguncularia recemosa, Avicennia schaueriana, Avicennia germinans e Conocarpus erectus. Em sua fauna estão incluídos diversas espécies de peixes, moluscos, crustáceos, aves, répteis e mamíferos. Algumas estão ameaçadas de extinção, como por exemplo o peixe-boi ( Trichechus manatus), o guará (Eudocimus ruber) e o macaco guariba (Alouatta allouata) e cuxiú (Chiropotes satanas

A produção de aço pretendida para o Pólo Siderúrgico de São Luís implicará na emissão de 35,6 milhões de toneladas/ano de Dióxido de Carbono (CO2), principal responsável pelo efeito estufa que está prejudicando o clima em todo o planeta, além de quantidades ainda não informadas de �xidos de Nitrogênio (NOX) e Dióxido de Enxofre (SO2), que se emitidos podem gerar chuva ácida. Somente a emissão brasileira de dióxido de carbono decorrente da queima de combustíveis fósseis seria elevada em 10,2%. A cada ano seriam produzidos 5,6 milhões de toneladas de rejeitos sólidos (escória de alto forno e aciaria).

O Pólo Siderúrgico demandará 2.400 litros de água por segundo - 207 milhões de litros por dia, o equivalente a todo o consumo atual da Ilha de São Luís, que serão transformados em vapor. Deste modo, o vapor e o dióxido de carbono a serem gerados no Pólo Siderúrgico tendem a retornar ao solo na forma de chuva, prejudicando a população, a produção de hortifrutigranjeiros e o patrimônio histórico, além de aumentar a temperatura da cidade pelo calor contido no vapor e a poluição sonora em função das emissões de ruídos que ocorrem em todas as fases do processo produtivo.

Além dos riscos ambientais, caso sejam implantadas uma ou mais siderúrgicas em São Luís, serão removidas 14.400 pessoas de 16 comunidades rurais hoje existentes na área, que perderiam ao mesmo tempo seus empregos e moradias. O estudo realizado pela Phorum, empresa contratada pelo Governo do Maranhão destaca que os efeitos de atração de população sobre o continente, em especial sobre as áreas pobres da baixada maranhense, apontam para que as áreas maispróximas da Ilha, possam vir a ser ocupadas sem planejamento, criando-se uma região periférica abaixo do Estreito dos Mosquitos, à semelhança da Baixada Fluminense.

Por estes motivos, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC e outras organizações estão propondo à Presidência da República, ao Governo do Estado do Maranhão, à Prefeitura de São Luís, ao Ministério do Meio Ambiente, ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ao Ministério das Relações Exteriores, ao Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e à Presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, pela transferência do local de instalação do Pólo Siderúrgico pretendido pela Companhia Vale do Rio Doce, pois, existem outras alternativas locacionais, sem comprometer o abastecimento de água da capital e com custos ambientais menores.

Contribua também com esta CAMPANHA, escreva uma carta, um fax ou email (segue um modelo)Excelentíssimos Carlos Tadeu D'Aguiar Silva Palácio - Prefeito de São Luis

A Companhia Vale do Rio Doce, o Governo Do Estado do Maranhão Federal estão declarando que irão hipotecar o futuro da Ilha de São Luís apostando na implantação de um pólo siderúrgico comprometendo áreas de manguezais, um Parque Estadual do Bacanga e uma área de Proteção Ambiental do Maracanã. Além desestruturação de 16 povoados rurais onde residem aproximadamente 16.681 famílias com predominância de pescadores e pescadoras artesanais, desse total 14.400 pessoas seriam expulsas na primeira fase do empreendimento.

A produção de aço em São Luís implicará na emissão de 35,6 milhões de toneladas/ano de Dióxido de Carbono (CO2), principal responsável pelo efeito estufa que está prejudicando o clima em todo o planeta, além de quantidades ainda não informadas de �xidos de Nitrogênio (NOX) e Dióxido de Enxofre (SO2), que se emitidos podem gerar chuva ácida. Somente a emissão brasileira de dióxido de carbono decorrente da queima de combustíveis fósseis seria elevada em 10,2%. A cada ano seriam produzidos 5,6 milhões de toneladas de rejeitos sólidos (escória de alto forno e aciaria). Espero que os senhores e senhoras não permitam a construção dessas na Ilha

Atenciosamente,

Nome: Márcio Aurélio Belfort
Profissão: Radialista
Cidade: São Luis/ MA
Email: rb.moc.oohay@trofleboicram

Comentarios