Agrotóxicos provocam explosão de melancias em plantações na China

Idioma Portugués
País Asia

Melancias cultivadas com excesso de substâncias químicas no leste da China estão explodindo

A notícia, divulgada pela imprensa estatal, refere-se à região como um campo minado. Impulsionados pelos altos preços do último ano, os agricultores aumentaram o cultivo do produto e abusaram no uso de pesticidas e fertilizantes. Suspeita-se também do uso de um acelerador de crescimento chamado Forchlorfenuron.

 

A cidade mais afetada foi Danyang, na região de Jiangsu, onde dezenas de agricultores perderam até 45 hectares da fruta. Sem ter como vendê-la, a melancia pode ser usada apenas como alimento para porcos e peixes.

 

Segundo o professor de horticultura da Universidade Agrícola de Nanquim Wang Liangju, o regulador, que estimula um aumento na divisão celular, é inofensivo quando usado corretamente. Em excesso, porém, deixa a fruta deformada e com sementes esbranquiçadas.

 

– A substância foi aplicada em um estágio avançado do cultivo. Além do mais, a variedade plantada já possui naturalmente uma casca mais fina – explicou o professor.

 

Os agricultores argumentam que o Forchlorfenuron pode estender o período de colheita em duas semanas e aumentar o tamanho e o preço da fruta em mais de 20%. Já os ambientalistas alegam que o Estado subsidia os fertilizantes para mantê-los baratos, estimulando seu uso.

 

Muitos fazendeiros chegam a cultivar a própria comida em separado dos produtos que vendem no mercado.

 

Embora não tão grave, o incidente soma-se a outros tantos escândalos alimentares que colocam em risco a população chinesa. Em 2008, seis bebês morreram e milhares ficaram doentes após consumirem leite em pó adulterado com melamina.

 

A lista também conta com notícias de arroz contaminado com o metal pesado cádmio, a injeção de bário em pó para aumentar o peso do frango, aplicação de detergente na carne de porco para torná-la mais parecida com carne bovino, entre outros inúmeros casos que preocupam os chineses.

 

MST-Brasil, Internet, 25-5-11

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