Indústria dos EUA também sofre pressão

A conferência sobre biotecnologia realizada em Sacramento, Califórnia, na semana passada ficou longe de obter um consenso sobre plantas geneticamente modificadas nos Estados Unidos, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian

Para os organizadores do evento - o governo americano - foi uma oportunidade de demonstrar tecnologias capazes de aumentar a produtividade de alimentos nos países em desenvolvimento. Representantes de mais de cem nações aceitaram o convite para participar.

"A biotecnologia já está ajudando pequenos e grandes agricultores ao redor do mundo, aumentando a produtividade, reduzindo custos, reduzindo o uso de pesticidas e tornando as plantas mais resistentes a doenças, pragas e à seca", disse a secretária de Agricultura dos EUA, Ann Veneman. O objetivo da conferência, segundo ela, era divulgar os benefícios da biotecnologia na produção de alimentos.

Para aqueles que protestaram ao longo de toda a programação, entretanto, não passou de uma tentativa cínica do governo de livrar a cara da indústria de biotecnologia americana como um todo - em especial, da empresa Monsanto.

Mais de 70 pessoas foram presas durante os protestos.
"Queríamos dizer ao público que (os transgênicos) não são necessários; que não há falta de comida", disse o agricultor Walt Kessler, do grupo Defensores da Agricultura Familiar.

O Estado de S. Paulo, Brasil, 3-7-03

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