Audio: Movimentos querem veto de Dilma a Código Florestal dos ruralistas
A bancada ruralista conseguiu aprovar na Câmara Federal uma proposta de Código Florestal que representa um atraso para o país. Esta é a avaliação do engenheiro Florestal Luiz Zarref, que integra a Via Campesina.
Por 274 votos a favor e 184 contra, com duas abstenções, os deputados ligados ao agronegócio aprovaram o texto nesta quarta-feira (25). Ambientalistas e movimentos sociais pedem à presidenta Dilma Rousseff o veto integral à proposta.
Zarref lembra que a “ presidenta assinou um compromisso, ainda em campanha, que não aceitaria uma legislação que anistiasse desmatadores”. Mais que este perdão aos que cometeram crimes ambientais até 2008, outro problema seria a falta de fiscalização sobre as devastações.
O texto aprovado agora extingue a obrigação de divulgar na internet o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Outro destaque dos deputados alterou um artigo que tratava do controle de origem de madeira, carvão e de outros produtos de origem vegetal.
A recomposição da vegetação à margem de rios com até dez metros de largura foi um dos poucos pontos aprovados desfavoráveis aos ruralistas. No entanto, se no atual Código Florestal existe a obrigação de recuperar 30, agora são indicados apenas 15 metros. Para os rios com maior largura, a necessidade de reflorestar as margens não fica explicitada.
O integrante da Via Campesina admite a derrota do governo, já que presidenta Dilma defendia o texto da maneira como chegou do Senado, construído por meio de negociações entre o Executivo e os ruralistas. Porém, Zarref avalia que acordo era rebaixado e que a grande derrota é da sociedade.
O estudioso afirma que o Código Florestal vigente, apesar de ter quase 40 anos, representa “regras do futuro”. Ao contrário, a atual proposta, que ainda pode ser vetada pela presidenta, d eixa ainda mais vulneráveis as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais. (pulsar)
Audios disponíveis:
Luiz Zarref fala que Dilma precisa cumprir o compromisso de não anistiar desmatadores.
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O engenheiro florestal explica que o texto aprovado na Câmara chega a ser pior que o do Senado.
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Ele pontua alguns dos prejuízos causados por causa do desmatamento das beiras dos rios.
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O militante da Via campensina compara o antigo e o novo Código Florestal.
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Por fim, Zarref critica o governo do PT e aponta para diversas investidas do agronegócio.
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Fonte: Agencia PÚLSAR Brasil