Brasil: Atingidos por seca histórica camponeses ocupam agencias do Banco do Brasil em todo Espírito Santo

Por MPA
Idioma Portugués
País Brasil

"Existem famílias que perderam toda sua produção, é inadmissível que os bancos queiram cobrar das famílias o que foi destruído pela seca” relata Valmir Noventa da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores.

Movimentos da Via Campesina, associações, igrejas, Sindicatos ocuparam na manhã de hoje (19) agências do Banco do Brasil em onze municípios capixabas, a pauta é clara, com prejuízos no campo irreparáveis devido a seca, e até então ignorados pelo governo, os camponeses usam as forças que restam e as convertem em luta.

Sem duvidas o Espírito Santo enfrenta uma das piores secas de sua história, no campo os prejuízos são perceptíveis nas lavouras, córregos e no dia a dia das famílias pois em vários lugares falta água até para o consumo humano, desamparados pelo governo que até então não apresentou nenhuma proposta para as famílias camponesas,

As agências de São Gabriel da Palha, Vila Valério, Pancas São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros, Montanha, Barra de São Francisco, Itaguaçu, Domingos Martins e Cachoeiro de Itapemirim já se encontram ocupadas por camponeses e camponesas, do sul ao norte a seca duramente atingi o campo e cidade no entanto são os trabalhadores e trabalhadoras os mais impactados, afirma Valmir Noventa da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores, “ a seca que enfrentamos é a mais dura do nosso estado, fica claro como o modelo de produção do agronegócio defendido pelo governo fez com que os impactos dessa seca fossem muitos maiores, estamos agora revindicando que o governo cumpra com seu papel, existem famílias que perderam toda sua produção, é inadmissível que os bancos queiram cobrar das famílias o que foi destruído pela seca” relata Valmir.

Valmir salienta que ocupar as agência financeiras estão sendo ocupadas pois um dos grandes problemas enfrentados pelos camponeses é o crédito, “ não existe condição alguma das famílias pagarem os créditos já que a produção foi toda comprometida pela seca, os camponeses e camponesas tem o direito a anistia dessas dividas, os que mais sofrem com a seca não vão pagar por essa conta”, concluiu Valmir.

O Conjunto de organizações do campo capixaba construíram, uma pauta de revindicação que pretendem debater com o governo estadual e federal, os movimentos forçam uma audiência o mais rápido possível para colocar a pauta em discussão, entre os pontos além da anistia das dividias de crédito agrícola, os movimentos cobram projetos massivos de recuperação ambiental, investimento para transição agroecológica, seguro para as famílias que perderam produção devido as condições climáticas e adoção

- Veja a pauta na integra: Aqui

Fonte e foto: Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

Temas: Movimientos campesinos

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