Brasil: Chega de mortes, destruição e sofrimento para saciar a voracidade da mineração

Idioma Portugués
País Brasil

Movimentos denunciam que "acidentes e impactos da mineração acontecem recorrentemente".

Movimentos populares, sindicatos e organizações sociais divulgaram nota hoje (6) sobre a tragédia após rompimento de barragens em Mariana (MG). Eles denunciam que "acidentes e impactos da mineração acontecem recorrentemente". Assinam o documento o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Levante Popular da Juventude, entre outros.

BASTA! Chega de mortes, destruição e sofrimento para saciar a voracidade da mineração!

Mais uma tragédia que dói muito fundo e arregaça, de tristeza e revolta, o coração e a alma. Mais um acidente com barragem de rejeitos em Minas Gerais, desta vez em Mariana, município já tão impactada pelo complexo minerário da Vale Vale/Samarco, a ponto da sua população ficar sem água várias vezes por dia.

Hoje foi o distrito de Bento Rodrigues e sua gente, soterrados vivos pela lama da ganância de uma atividade econômica que avança voraz sobre lugares e pessoas para exportar nossos bens minerais e alimentar contas de acionistas e o mercado financeiro.

E além de Bento Rodrigues vários outros distritos foram afetados, e até a tarde de sexta-feira outros municípios também foram largamente atingidos pela lama da barragem, que continua causando um rastro de destruição por onde passa. Não se sabe ainda até onde irá essa enxurrada de lama.

Mesmo ainda sem notícias precisas das perdas humanas e da situação dos vitimados e famílias, já dói muito fundo porque nos sentimos no lugar de cada um deles e, assim, somos solidários.

Tudo é criminoso e terrível! Acidentes e impactos da mineração acontecem recorrentemente, as empresas continuam com a mesma postura prepotente de “responsabilidade social e ambiental” e ainda fazem uma cortina de fumaça sobre os reais fatos nesses momentos, como a Samarco (que é 50% da Vale e 50% da BHP Biliton) está fazendo.

E ainda precisamos estar em luta contra o Projeto de Lei nº 2946/2015 do Governador Pimentel, em regime de urgência para agilizar licenciamentos e reduzir o controle social sobre a segurança dos projetos prioritários para o Estado, que de certeza não são projetos prioritários para a população mineira.

Basta! Não queremos este modelo econômico que nos é imposto!

Assinam essa nota:

Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade - AFES, Articulação Antinuclear Brasileira
Articulação dos Atingidos pela Mineração do Norte de Minas – MG, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, Articulação Internacional dos Atingidos pela VALE, Associação de Conservação Ambiental Orgânica - ACAÓ, Ame a Verdade, Associação Alternativa Terrazul, Associação Brasileira de Reforma Agrária, Associação Para a Recuperação e Conservação Ambiental - ARCA, Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária – AMAR, Associação de Proteção ao Meio Ambiente - APROMAC, Associação de Saúde Ambiental – TOXISPHERA, Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – (APREMAVI – SC), Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV), Associação PRIMO - Primatas da Montanha, Brasil Pelas Florestas, Brigadas Populares, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG, CEPASP – PA, Cáritas Diocesana de Sobral – CE, Comissão Pró-Indio de São Paulo, Cantos do Mundo
Consulta Popular, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Coordenação Nacional das Comunidades, Coletivo Margarida Alves, Quilombolas – CONAQ, Comissão Paroquial de Meio Ambiente – CPMA Caetité/Ba, Campanha contra o Mineroduto da Ferrous, Central Única dos Trabalhadores – CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI, CSP-Conlutas, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Pastoral dos Pescadores
Evangélicos Pela Justiça, FASE, Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente - FBOMS, Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, Frente de Luta pelos Direitos Humanos, Fórum Carajás, Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA/UFMT, Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais – GESTA, Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá), Greenpeace, Hutukara Associação Yanomami (HAY), Instituto Caracol - iC, Instituto Socioambiental - ISA, Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase, Instituto Brasileiro de Educação, Integração e Desenvolvimento Social - Ibeids, Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul – PACS
Justiça nos Trilhos – JnT, Juventude Atingida pela Mineração - PA e MA, Juventude Franciscana do Brasil – JUFRA, Justiça Global, Justiça Ambiental Dos Atingidos Projeto Minas-Rio, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra - MST, Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM, Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB, Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA, Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM), Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela, Movimento Xô Mineradoras, Movimento Águas e Serras de Casa Branca, Brumadinho, MG, Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça e Cidadania, Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté - MACACA (Caeté/MG), Marcha Mundial de Mulheres, Metabase Inconfidentes, Modernidade e Meio Ambiente da UFMA (GEDMMA), Movimento Pela Moralidade Pública e Cidadania – Ong, Moral Mt, Nos Ambiente, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU, Pastoral da Juventude Rural – GO, Paz e Ecologia, Pedra no Sapato, Pastorais Sociais da CNBB, Processo de Articulação e Diálogo entre Agências Ecumênicas Européias e Parceiros Brasileiros - PAD, Rede de Articulação - REAJA, Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Rede Cearense de Juventude pelo Meio Ambiente – RECEJUMA, Rede Axé Dudu, Rede Brasileira de Ecossocialistas, Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental – REMTEA, Rede Causa Comum, Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia - SINFRAJUPE, Serviço SVD de JUPIC, Sindiquimica - PR, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Simonésia - MG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha - MG, Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Xapuri – Acre, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canaã dos Carajás – PA, Sindicato Unificado da Orla Portuária - SUPORT ES, Serviço Interfranciscano de Ecologia e Solidariedade – SINFRAJUPE, Sindicato Metabase Inconfidentes, SOS Serra da Piedade (MG), VIVAT International.

Fonte e foto: MST - Brasil

Temas: Minería, Tierra, territorio y bienes comunes

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