Brasil: Primeira luta do MST, ocupação da Fazenda Annoni completa 30 anos e é celebrada pelos sem-terra

Idioma Portugués
País Brasil

A ocupação da Fazenda Annoni, a primeira realizada por famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), completa 30 anos e será celebrada com um ato político no Assentamento Novo Sarandi, no município de Sarandi, no Rio Grande do Sul.

A atividade acontece na manhã desta quinta-feira (29).

Símbolo de resistência do MST e da luta pela terra, a ocupação da Fazenda Annoni ocorreu em 29 de outubro de 1985 por mais de 7 mil trabalhadores rurais sem-terra, e foi a primeira realizada por famílias organizadas no MST, que já vinham se estruturando desde o acampamento Encruzilhada Natalino, também na região Norte do estado.

Oito anos depois, em 1993, a área de 9.300 hectares foi destinada para fins de reforma agrária. A partir disto, o MST se consolidou como movimento popular e suas práticas se disseminaram por todo o território nacional.

O ato político dos 30 anos da ocupação começa às 9 horas e terá a participação do coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, além de acampados, assentados da reforma agrária e outras lideranças e autoridades locais e regionais que fizeram parte desta história.

Acampamento da juventude:

Como parte da mesma comemoração, jovens do MST promovem, a partir de quinta-feira (29) até o domingo (1), o Acampamento Estadual da Juventude Sem Terra, no Assentamento Novo Sarandi. Com o lema “Somos filhos e filhas de uma história de lutas”, a atividade pretende reunir 800 jovens de todas as regiões do Rio Grande do Sul e com representações de Santa Catarina e do Paraná.
Para Anderson Girotto, da coordenação estadual do movimento, um dos propósitos do acampamento é resgatar a história de luta dos trabalhadores sem-terra. “A ocupação da Fazenda Annoni é considerada um marco na história do MST e o acampamento da juventude vem para reforçar o legado de lutas que os camponeses construíram nesses 30 anos”, afirma.
Nos quatro dias de atividades os participantes terão acesso a oficinas, apresentações culturais, plenárias e debates.

Foto por Daniel de Andrade.

Fonte: Brasil de Fato

Temas: Movimientos campesinos, Tierra, territorio y bienes comunes

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