Brasil: CPT divulga relatório sobre impactos da soja no Pará

Idioma Portugués
País Brasil

Resultado de um acompanhamento desenvolvido ao longo de três anos sobre a expansão do monocultivo na região, um relatório desenvolvido pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) mostra como o acirramento de conflitos, da extinção de comunidades indígenas e da devastação do meio ambiente está ligado também ao avanço da soja.

O relatório tem como base os problemas observados em três localidades do Pólo Santarém, onde se concentra maior parte da produção de soja do Estado: o município de Prainha, a área da Gleba Nova Olinda, que compreende três aldeias indígenas, e a área do Planalto, região onde a monocultura do grão teve o maior impacto social.

Uma das constatações do estudo é de que o baixo preço da terra e a garantia de comprador para o grão - pontencializada pela construção do porto graneleiro, da transnacional Cargill, em Santarém – foram suficientes para a chegada de centenas de pessoas vindas do Sul do País, geralmente com passagem por Mato Grosso, que se aventuraram com a soja na região.

Uma corrida por terras que causou muitos conflitos sociais e tornou comum relatos de casas queimadas, expulsões de famílias, ameaças de morte, intimidações às lideranças, grilagem de terras, supressão de florestas que também se tornaram manchetes dentro e fora do Brasil.

A Pastoral constata também a superficialidade com que o assunto vem sendo tratado por grandes ONGs instaladas na região. Até o momento, a mayor parte da discussão foi conduzida por um viés puramente ambientalista deixando em segundo plano os conflitos sociais. Papel que coube somente aos movimentos sociais.

Segue em anexo a íntegra do relatório Impactos Sociais da Soja no Pará.

Enviado por: MST - Brasil

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