Greenpeace recoge más de 45.000 firmas para la creación de un Estado Libre de Transgénicos en Río Grande do Sul

O Greenpeace entregou hoje à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul 45 mil assinaturas a favor da transformação do estado em uma área livre de transgênicos. As assinaturas começaram a ser recolhidas em julho quando a entidade ambientalista lançou sua campanha pública pela criação do Estado Livre de Transgênicos.

Assinaturas foram entregues a deputados gaúchos durante manifestação na Assembléia Legislativa

(Porto Alegre, 22/11/99) - O Greenpeace entregou hoje à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul 45 mil assinaturas a favor da transformação do estado em uma área livre de transgênicos. As assinaturas começaram a ser recolhidas em julho quando a entidade ambientalista lançou sua campanha pública pela criação do Estado Livre de Transgênicos. Além dos ativistas do Greenpeace, mais dez ONGs representantes da sociedade civil gaúcha participaram do protesto, entre elas o Núcleo Amigos da Terra/Brasil, AGAPAN, União Pela Vida, COLMÉIA, Igreja Evangélica Luterana, Igreja Católica, Centro Ecológico Ipê, Movimento das Donas de Casa e Consumidores e o Departamento de Ecologia da OAB.

"Este expressivo número de assinaturas mostra claramente a posição dos gaúchos contrária à introdução dos transgênicos em seu território", diz Délcio Rodrigues, Diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil. "Esperamos que os deputados estaduais, legítimos representantes do povo, respeitem esta vontade e conduzam um debate mais sereno e democrático sobre um assunto tão importante para a sociedade".

Conforme informações obtidas pelo Greenpeace, os deputados gaúchos deverão votar nesta terça-feira (23/15), em regime de urgência, um projeto de lei substitutivo propondo a criação de uma área legal para o plantio de transgênicos no Rio Grande do Sul. Este substitutivo é fruto de uma manobra parlamentar que reúne cinco projetos de lei sobre o assunto que já tramitavam na Assembléia

"O Greenpeace considera antidemocrática a iniciativa dos deputados de votar um projeto de lei liberando transgênicos no Estado em regime de urgência impedindo, assim, um debate aprofundando com a sociedade gaúcha", diz Délcio Rodrigues.

"O meio ambiente e a economia do Estado são questões sérias demais para serem objeto de jogadas políticas irresponsáveis, que apenas servem aos interesses da multinacional Monsanto.

O ambientalista explica que a eventual aprovação desse substitutivo não terá qualquer efeito legal, pois continua em vigor a sentença da Justiça Federal, obtida pela entidade e pelo IDEC, proibindo o planto de soja transgênica no Brasil enquanto não houver Estudo de Impacto Ambiental conduzido pelo IBAMA. No entanto, a sua aprovação poderá trazer prejuízos econômicos para o Rio Grande do Sul.

"É possível que os grandes mercados consumidores da Europa e do Japão, na dúvida sobre se a futura safra brasileira será transgênica ou não, venham a fechar contratos com os produtores norte-americanos que já possuem sistemas de certificação para a soja não transgênica", diz Délcio Rodrigues.

O ambientalista alerta que muitos produtores rurais, confundidos pelo projeto, podem acabar acreditando que a partir de agora seria legal plantar soja transgênica no Estado. "Quem tomar esta decisão errada terá de responder à justiça mais tarde pelo ato ilegal e não conseguirá encontrar compradores para sua soja no exterior, onde ninguém quer soja transgênica, nem no Brasil, onde sua comercialização continua proibida", diz.

Mais Informações:

Délcio Rodrigues, Diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil,
(11) 9241-5623

Marijane Lisboa/Mariana Paoli - Campanha de Engenharia
Genética do Greenpeace, (11) 9169-7956

Renato Guimarães, Gerente de Comunicação do Greenpeace
Brasil, (11) 3066-1178

Internet: http://www.greenpeace.org.br

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