Brasil: Aracruz responde por ação pública devido a publicidade contra índios no ES

Idioma Portugués
País Brasil

O Ministério Público Federal do Espírito Santo encaminhou uma ação pública contra a empresa Aracruz Celulose

A empresa foi acusada formalmente no dia 23 de outubro por usar material publicitário em cartilhas e em sua página na internet de forma preconceituosa e com informações não verdadeiras contra as tribos indígenas Tupinikins e Guaranis do estado. Há 40 anos os índios lutam por demarcação de suas terras que, segundo eles, foi tomada pela Aracruz. Para Vini Overbeek, representante técnico da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), esses ataques da empresa são devido ao risco de perder grandes pedaços de terra no estado.

“As comunidades entendem essa ofensiva da Aracruz Celulose como um ato desesperado de um interessado que vai perder suas terras. Por que? São quatro os estudos da Funai [Fundação Nacional do Índio] que comprovam que aqui no Espírito Santo são 18 mil hectares de terras indígenas que pertencem às comunidades Tupinkins e Guaranis. Então, a ação do Ministério Público Federal é muito importante para mostrar para a sociedade que a Aracruz está abusando.”

Na ação consta que deve ser proibida liminarmente a veiculação do material da Aracruz, onde foram usadas imagens das comunidades e de líderes indígena sem a necessária autorização. Os procuradores da República entendem que a publicidade é vista de forma negativa pela sociedade. De 40 comunidades indígenas que haviam no estado, hoje restam quatro de Tupinikins e três de Guaranis, que somam aproximadamente 2.500 índios. Dos 18 mil hectares de terra apenas 7 mil foram demarcadas.

Agência Notícias do Planalto, Internet, 30-10-06

Comentarios