Brasil: acesso à terra gera conflitos em maior comunidade quilombola do país
Aproximadamente seis mil pessoas fazem parte da comunidade quilombola dos Kalunga em Goiás
Apesar de ser a maior comunidade remanescente dos escravos do Brasil, o povo Kalunga ainda não conseguiu as condições necessárias para sua sobrevivência.
Atualmente existem mais de 100 comunidades quilombolas espalhadas pelo país. Segundo Deuselina Franscisco de Souza, representante do povo Kalunga, o acesso à terra é um dos piores problemas.
“Tem que ter a terra, sem a terra complica. Sem terra os outros benefícios só vão valorizar os fazendeiros. Acho que chegamos em um limite que os Kalunga precisam trabalhar e produzir. A falta da terra está fazendo com que os Kalunga comecem a brigar um com o outro.”
Na ausência de políticas públicas, os Kalunga denunciam que o atual governo tem boa vontade para no entendimento das dificuldades destes povos, mas ainda peca na agilidade na execução das ações. Criticam também o auxílio dado pelo governo ao povo por meio de programas sociais como o Bolsa-Família.
“Eu não sei se governo vai querer dar este dinheiro para o resto da vida. A gente precisa é de terras e condições para trabalhar e sobreviver” concluiu Deuselina.