Brasil: Sem Terra prometem parar Belo Horizonte no Julgamento do Massacre de Felisburo

Idioma Portugués
País Brasil

Adiado por três vezes, o julgamento do mandante e executor do chamado Massacre de Felisburgo, Adriano Chafik, está marcado para esta quarta-feira (21), no II Tribunal do Júri de Belo Horizonte, no Fórum Lafayete.

Para que um novo adiamento seja evitado, os Sem Terra organizam mobilizações durante toda a semana. “Desta vez não tem perdão, a sociedade já cansou de tanta injustiça e quer a condenação de Chafik, a cada adiamento ele decreta sua culpa e mostra que está fugindo da justiça”, disse Maria Gomes Soares, da coordenação estadual do MST e moradora do acampamento de Felisburgo.

Maria Gomes disse que cerca de 700 militantes do MST de todas as regiões do estado estão estão vindo para a capital nesta terça-feira (20). "Vamos parar Belo Horizonte com uma grande marcha até o Fórum, e só sairemos de lá com o assassino preso”, afirmou a dirigente.

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Além dos integrantes do próprio MST, os Sem Terra contam com o apoio de diversas personalidades do mundo político, artistas, lideranças sindicais e jovens, muitos deles envolvidos com as manifestações de junho.

O julgamento do fazendeiro e réu confesso da morte de cinco Sem Terra, ferindo ainda outras 12 pessoas, inicialmente tinha sido agendado para 17 de janeiro, mas por meio de manobras judiciais Chafik havia conseguido adiá-lo para 18 de maio. Porém, conseguira adiá-lo novamente, agora para esta quarta-feira.

No próximo mês de novembro, o massacre completará nove anos de impunidade.

Entenda o caso

O chamado Massacre de Felisburgo aconteceu em 20 de novembro de 2004, no município de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha (MG). O fazendeiro Adriano Chafik, junto com outros 15 pistoleiros armados, entrou no acampamento dos Sem Terra atirando. O fazendeiro, mesmo tendo seu imóvel declarado como devoluto, não se conformava com a ocupação e resolveu agir por conta própria, após tentar coagir os Sem Terra com ameaças.

Após o ataque, o réu do processo criminal teve parte de suas terras adquiridas pelo Incra, destinando-as para a Reforma Agrária. Recentemente, outros 515 hectares de suas terras foram declarados devolutos pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (ITER).

Informações à imprensa:

Enio Bohnenberger (31) 9168-9235
Silvio Netto (31) 9300-9717
Eni (33) 8706-6377

Fuente: MST-Brasil

Temas: Criminalización de la protesta social / Derechos humanos

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