Jean-Pierre Leroy

"O apelo é para viver as contradições do nosso tempo, sabendo que esse viver se realiza na prática da cidadania. Mais ciência, ao serviço em primeiro lugar da porção da humanidade que está fora do jogo, mas submetida ao crivo da política. Mais política, mas ampliada à participação dos invisíveis e dos subalternos. Mais ética, mas exercida publicamente. Mais debates, mas não monopolizados por mídias e/ou cientistas a serviço dos poderosos ou de interesses particulares. Mais prazer, mas que seja na (re)conciliação com a nossa humanidade, na roda viva da vida"

Por um debate ético-político das novas tecnologias

A primeira dificuldade com a qual nos deparamos é na tentativa de ordenamento dessas palavras. O ecologista começaria com a palavra ecologia; o economista com a palavra economia e o moralista com a ética. Dá a impressão que tudo se equivale. Perde-se o senso da totalidade e da complexidade em que determinada ordem dada às coisas estabelece certas conexões dialéticas e não outras. Como construir um projeto para o futuro se tudo se equivale?

Ecologia, economia e ética