Brasil: Mulheres do MAB participam da 4º Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Vale do Ribeira
Nos dias 10 e 11 de julho ocorreu a 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, na cidade de Registro, na região do Vale do Ribeira. Participaram da atividade cerca de 500 mulheres, dos estados de São Paulo e Paraná.
Esta atividade acontece de 5 em 5 anos, no Brasil, a Ação Internacional está acontecendo de forma descentralizada, com a organização de ações regionais por todo o país. A proposta é enraizar o feminismo nos territórios e, assim, fortalecer a luta das mulheres. Nos dois dias houve atividades de formação política e também em um grande ato em defesa dos “territórios das mulheres”.
As mulheres refletiram e discutiram sua autonomia econômica, além de denunciarem a lógica de controle e mercantilização da natureza. A ação foi construída coletivamente com lideranças femininas da região que, nos encontros temáticos, levantaram os temas que pautam suas lutas cotidianas, como a economia solidária e feminista, a agroecologia, o combate à violência doméstica e à prostituição, a resistência às barragens no Rio Ribeira, a resistência mineradora, a titulação dos quilombos, entre outros.
No segundo dia de atividades, foram realizadas onze oficinas temáticas, e as companheiras do MAB, contribuíram em três, as quais tinham os temas: “Em defesa dos nossos territórios: a resistência ao agronegócio e às grandes obras”; “Saúde das mulheres: enfrentando às intervenções e o controle dos nossos corpos”; e, “Feminismo e agroecologia: a experiência das mulheres na construção de práticas agroecológicas”.
Em uma das oficinas, as mulheres construíram duas arpilleras de maneira coletiva, que retratou os desafios que enfrentam para defender os territórios, e também, a violação dos direitos que sofrem ao optarem e seguirem na luta e na resistência.
Encerramos as atividades com uma marcha pela cidade de Registro, encerrando na praça Beira Rio.
No alto as palavras de liberdade. Daquela que é atingida todos os dias e noites, que sente e vê a exploração sobre ela, no campo e na cidade. E agora, ela sabe que é possível, e grita pra toda sociedade: "Faremos a transformação!”