8ª Festa Camponesa mostra a força da juventude do MPA e reivindica mais investimento público na agricultura camponesa

Por MPA
País Brasil

Na terça-feira (8/7/25), o programa TV MPA apresentado pelo jornalista Paulo Miranda e pelo coordenador nacional de comunicação do MPA, Valter Israel, discutiu os detalhes de como foi a 8ª Edição da Festa Camponesa.

O evento aconteceu no município de Jaru, em Rondônia, com o tema Ecologia Integral e Justiça Climática: Por Terra, Território e Soberania Popular na Amazônia. As convidadas foram Leila Denise e Isabel Ramalho, ambas integrantes da coordenação nacional do MPA.

Leila Denise relata que está muito feliz com a realização dessa festa, apesar dos muitos desafios enfrentados. “Já é a segunda festa em que contamos com a participação da delegação do estado do Amazonas. Tivemos a participação de membros da organização camponesa da fronteira com a Bolívia, da Colômbia e também tivemos companheiros do Peru, além de companheiros de vários estados do Brasil”, destaca.

A integrante da coordenação nacional do MPA Leila Denise destaca o reconhecimento da Via Campesina nacional. “Isso demonstra que a festa tem sua importância na construção da soberania alimentar e na perspectiva da afirmação camponesa, que é muitas vezes é negada e combatida pelo agronegócio”, afirma.

De acordo com Isabel Ramalho, os jovens presentes na festa tiveram uma força expressiva no processo de construção e organização do evento. “Essa comemoração só vem reafirmar que estamos no caminho certo e que a nossa decisão não é pautar o agronegócio, mas seguir afirmando que é impossível a agricultura camponesa e o agronegócio dividirem o mesmo espaço”, pontua. “Podemos construir passos de forma coletiva com esse fortalecimento das diversas organizações que atuam no campo, e que se articulam na Via Campesina”, completa.

Leila Denise ressalta que a troca de sementes foi um dos momentos que a surpreendeu. “Me alegra bastante essa possibilidade de multiplicar, apesar de termos passado pela estiagem e depois por inundações em algumas regiões do estado. Outra alegria foi o grande café camponês, que é o encerramento da festa. Ali conseguimos mostrar que, se houvesse investimento público na agricultura camponesa, conseguiríamos produzir mais alimentos com diversidade”, comenta.

Isabel Ramalho enfatiza ainda que a troca de sementes realmente foi um momento muito forte. “Cada vez mais conseguimos superar a nossa expectativa em relação à quantidade de espécies que nosso povo consegue trazer em suas mochilas para a Festa Camponesa. O sentimento é que a gente consiga trazer cada vez mais pessoas para somarem, e que possamos reproduzir essa festa em todos os cantos do nosso país”, reforça.

Fonte: Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

Temas: Agricultura campesina y prácticas tradicionales, Movimientos campesinos

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