MPA participa da mesa de abertura do 13º. Congresso Brasileiro de Agroecologia

O 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia – justiça climática e convivência com territórios brasileiros começou dia 15 e vai até 18 de outubro, com uma programação extensa e diversa, no Campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que fica na cidade de Juazeiro, na Bahia, com a presença de cerca de três mil pessoas.
A conferência de abertura do 13º CBA, que reuniu “roceiros e academia, acadêmicos e pesquisadores”, de acordo com Leomárcio Araújo, membro da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), teve por objetivo inspirar reflexões acerca da convivência com os territórios brasileiros, em sua diversidade.
A mesa serviu também para pensar a agroecologia (enquanto ciência, movimento e prática) como uma referência no enfrentamento à crise climática e às múltiplas crises entrelaçadas que hoje afetam as populações urbanas e rurais nos diferentes biomas brasileiros.
Em sua fala, Leomárcio Araújo ressaltou a participação de diversos grupos (indígenas, quilombolas, pescadores, vaqueiros etc.) e destacou a importância da união em torno da agroecologia.
Ele agradeceu o empenho da diretoria da Associação Brasileira de Agroecologia, em nome do presidente José Nunes da Silva, e agradeceu o esforço do professor da Unifasv, Helder Freitas, e elogiou o trabalho dois em prol da agroecologia e da resistência. Para Leomárcio o momento é de celebração, especialmente pela parceria com o Governo Lula na erradicação da pobreza e na organização social na construção de políticas públicas.
Leomárcio não falou apenas em nome do MPA. Na mesa de abertura, ele representou também a Via Campesina, o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e outras organizações do campo unitário pela agroecologia.
Segundo Leomárcio, que é também dirigente do MPA estadual da Bahia, este primeiro Congresso Brasileiro de Agroecologia tem uma simbologia valiosa por ser o primeiro realizado no semiárido, à beira do Velho Chico (Rio São Francisco), onde os povos desse território praticam a agroecologia há séculos e vêm “recatingando”, reconstituindo a natureza com o “fundo de fecho de pastos e outras plantas que são próprias do nosso território”.

O Movimento dos Pequenos Agricultores está presente no Congresso com uma delegação de camponeses responsáveis por apresentação de 38 trabalhos científicos e por uma barraca própria do MPA.