Enquanto EUA sequestram petroleiros, Chevron segue partindo com petróleo da Venezuela

Idioma Portugués

Vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, publicizou partida normal de navio em meio às agressões do governo Trump.

A vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, divulgou na noite deste domingo (21), imagens do navio petroleiro Canopus Voyager, de propriedade da empresa americana Chevron, que partiu com 500 mil barris de petróleo venezuelano com destino ao Texas, sem qualquer intervenção dos Estados Unidos.

“A Venezuela sempre respeitou e continuará a respeitar as leis nacionais e internacionais. Nada nem ninguém impedirá nossa pátria de seguir em sua trajetória de progresso e vitória”, afirmou Rodríguez, destacando que a Venezuela não tem cedido às pressões e escalada do governo de Donald Trump.

No sábado (21), militares dos Estados Unidos sequestraram um segundo navio privado que transportava 1,8 milhão de barris de petróleo bruto venezuelano. Foi a segunda ação do tipo em uma semana.

O governo venezuelano considera as ações atos de pirataria, que desrespeitam as legislações internacionais. “O modelo colonialista que o governo dos Estados Unidos pretende impor com esse tipo de prática fracassará e será derrotado pelo povo venezuelano”, reafirmou Caracas.

Na última semana, Trump anunciou o bloqueio “total e completo” a todos os navios-tanque de petróleo sancionados que entram e saem do território venezuelano. A primeira embarcação foi interceptada pelos Estados Unidos em 10 de dezembro. Após o assalto, a Casa Branca anunciou a sanção de seis empresas de navegação que operam no setor petrolífero venezuelano.

Neste domingo (21), a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), que inclui Venezuela, Cuba, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Névis, Granada e Santa Lúcia, condenou veementemente o roubo e sequestro do segundo navio carregado com petróleo venezuelano, perpetrado pelo governo dos Estados Unidos.

Em um comunicado, membros da Alba afirmaram que, além do sequestro e roubo do navio, o governo dos EUA, “agindo como um corsário, privou ilegalmente a tripulação de sua liberdade”. Não há informações sobre o paradeiro dos trabalhadores da embarcação.

Durante reunião do Conselho Econômico Supremo da Eurásia, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel denunciou o conceito estadunidense de “paz pela força” do “corolário Trump”, especialmente a campanha de agressão contra a Venezuela.

Para Díaz-Canel, as operações aéreas e navais na região e a ameaça de agressão militar contra a Venezuela “revelam o propósito imperial, hegemônico e criminoso da administração que atualmente ocupa a Casa Branca”.

Líderes do Mercosul divergem sobre a escalada militar dos Estados Unidos contra a Venezuela. A questão marcou a abertura da cúpula, realizada no sábado (19) em Foz do Iguaçu. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado tom crítico à ofensiva.

“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados”, afirmou.

Segundo o presidente brasileiro, “uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”.

Fonte: Brasil de Fato

Temas: Geopolítica y militarismo, Petróleo

Notas relacionadas:

La analista Ana Prestes sostiene que el acuerdo militar reciente entre EE.UU. y Paraguay forma parte de una estrategia de Washington para militarizar Sudamérica y consolidar su influencia en la región. Foto: Southcom.

EE.UU. convierte a la nación guaraní en “base militar” mediante acuerdos de cooperación

Israel continúa la demolición de hogares y la destrucción de un campo de refugiados palestinos en Cisjordania

Israel continúa la demolición de hogares y la destrucción de un campo de refugiados palestinos en Cisjordania

Comentarios