Água: bem comum, direito de todos
Trincheiras quer debater neste número o tema água como bem comum. O Brasil dispõe de uma rara fartura desse recurso natural, que vem se tornando escasso e precioso em todo o mundo. Mas, em vez de preservar e valorizar a água, o Brasil vem destruindo sistematicamente seus rios, lagoas e mares.
Convidamos três especialistas para falar de três importantes rios brasileiros que vêm sofrendo de forma particular: o Doce, em Minas Gerais; o Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro; e o São Francisco, que passa por cinco estados e, como os outros, está em risco. Em 5 de novembro de 2015 o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em Mariana (MG) matou 19 pessoas e destruiu o distrito mineiro de Bento Rodrigues. Segundo um estudo da Bwoker & Associates, consultoria norte-americana de gestão de riscos, esse é o maior desastre desse tipo nos últimos cem anos em todo o mundo. Foram despejados entre 50 e 60 milhões de metros cúbicos de lama tóxica no rio Doce, que deu nome à Vale (antiga Vale do Rio Doce). Isso representa quase a soma dos dois outros maiores desastres desse gênero já registrados, ambos nas Filipinas, um em 1982 e outro dez anos depois. Além da enorme quantidade de lama despejada, o alcance da tragédia também bateu recordes. Até agora, a água contaminada já alcançou mais de 600 quilômetros, destruindo tudo o que havia pela frente.
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