Brasil: guerra dos transgênicos: apoio de partidos, ongs e movimentos do campo
A guerra dos trangênicos vai longe: é o que se deduz da série de matérias mandadas veicular no Jornal Nacional semana passada e agora as duas páginas de Veja tentando mostrar algo como "tudo é transgênico"
A Embrapa, que forçou a porta para ter autorização ambiental para realizar pesquisas com sementes transgênicas (de mamão, no caso), voltou à calma com a certeza dos anti-transgênicos de que se deseja ter no país o domínio da tecnologia, mas não ficar a agricultura nas mãos da Monsanto. E tudo tem que exigir estudo de impacto ambietal (eia), como deve ser enviado ao congresso sob a forma de projeto de lei. A principal razão para a enorme frente, com cerca de 100 assinatura, que se formou semana passada no Congresso, parece ser a consciência da ilegalidade da atual medida provisória 131, que liberou a safra de soja deste ano. Amanhã(7), das 8h às 16h, haverá o seminário internacional "Transgênicos: embates atuais", no auditório Nereu Ramos. Trata-se de uma promoção da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, cujo presidente, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) aderiu á frente anti-transgênicos. A proposta do seminário foi do deputado Edson Duarte, do Partido Verde, que deu entrada à primeira ação direta de inconstitucionalidade (adin) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nos dias seguintes mais duas adins deram entrada no Supremo: uma de um grupo de organizações não governamentais, entre elas o Instituto Socioambiental, e outra do Ministério Público Federal. Também participam da luta contra a liberação geral dos transgênicos o Movimento dos Sem Terra e vários movimentos quem crescendo nesta linha. A Via Campesina, movimento internacional socialista, está engajada na campanha, por etender que não interessam ao Movimento dos Pequenos Agricultores, ao Movimento das Mulheres Agricultoras e a outros movimentos correlatos, como o Movimento dos Atingidos por Barragens. Todos querem fazer com que o modelo agrícola seja repensado imediatamente para dividir a renda e proteger o meio ambiente. Ontem (5), em reunião com o Partido Verde, mostraram que aos movimentos sociais interessa muito mais produzir agricultura orgânica e vender (eaqui e lá fora) com preços melhores. Não querem ser dependentes de sementes de empresas, assim como defendem independência energética através de fontes alternativas no campo. (Veja também www.stj.gov.br,www.camara.gov.br, www.greenpeace.org.br, www.socioambiental.org, www.mst.org.br, www.partidoverde.org, www.pv.org.br, www.mnab.org.br, www.psb.org.br, www.globo.com, www.veja.com.br).
Vía Ecológica, Internet, 5-10-03