Operações da Monsanto para promover a sua transgenia no Terceiro Mundo
Para promover a sua transgenia no Terceiro Mundo, a Monsanto de fato distribuiu MUITO MAIS dos que US$50 mil para um só funcionário ambiental no governo da Indonésia, segundo o jornal principal da cidade sede da empresa, em St. Louis, Missouri
De 1997 até 2002, foram mais de US$700 mil, para aliciar mais de 140 autoridades daquele país.
A matéria levanta outra questão muito "interessante". Somente em 2001, a Monsanto começou a auditar as operações de suas empresas filiadas na Indonésia, e mesmo assim foi em 2002 que ocorreu o caso dos US$50 mil para o tal "environment official".
Impõe-se indagar, portanto, "Quando será que a matriz começou (se começou) a auditar as atividades de seus subordinados no Brasil?" Seria uma pergunta interessante, se houvesse imprensa independente no país.
Dificilmente o Ministério da Justiça, a Polícia Federal ou o Ministério Público tomarão nota ou agirão sobre estes indícios da conduta global da multinacional de St. Louis, e de seus "consultores" contratados no exterior.
Quando a Câmara dos Deputados voltar à vida após o Carnaval, no entanto, esta é uma preocupação que os poucos parlamentares preocupados com a questão poderão ir levantando.
Em última instância, as agências federais norte-americanas, segundo o Post-Dispatch, ainda hoje em 2005 continuam com suas investigações. Também será nomeado um investigador independente, que durante os próximos três anos vai monitorar as políticas e procedimentos da Monsanto quanto a práticas corruptas no exterior, inclusive -- se supõe -- em outros países onde a Monsanto tem grandes investimentos, como no Brasil.
Aliás, por enquanto estamos repassando apenas informações sobre o caso originadas nos Estados Unidos. Assim que houver notícias da própria imprensa na Indonésia, a coisa pode ficar mais interessante ainda.