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Foto: O Eco

Com base em dados coletados em campo, pesquisadores do Inpe mostram que vegetações de pequeno e médio portes sofrem mais nos primeiros anos após o fogo, mas o impacto na vegetação como um todo pode durar décadas. Estoque de carbono diminui em média 12,8% na área queimada.

Incêndio em área úmida da Amazônia provoca perda de 27% das árvores em até três anos, aponta estudo

Vista aérea do Parque Nacional do Pantanal matogrossense e Rio Paraguai na divisa do Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul. Águas que carregam o veneno da soja plantada quilômetros ao norte. Foto: Andre Dib para o Intercept Brasi

O anzol que Lourenço Pereira Leite joga nas águas do rio Paraguai volta cada vez com menos pintados, cacharas e pacus, peixes que são o sustento de sua família há várias gerações. Nenhuma das habilidades que ele aprendeu vendo o pai e o avô pescando no Pantanal tem servido para evitar que embalagens de agrotóxico caiam em suas armadilhas, ao invés dos pescados. “Isso vem da cabeceira do rio, porque aqui próximo não tem plantação tão grande”, intui o pescador.

Livre da soja, pantanal está ameaçado por agrotóxicos que chegam pelos rios

"A sociedade “científica” discute à portas fechadas possível liberação de um trigo geneticamente modificado, já autorizado na Argentina de forma condicionada à sua licença de importação e consumo, pelo Brasil" - Reprodução

"Seja como for, tanto no caso do trigo GM como no das máscaras, observamos avanço/primazia de interesses individuais sobre coletivos, com as instituições perdendo credibilidade e a democracia crescentemente ameaçada".

As máscaras, o trigo, a boiada

CTNBio adia avaliação sobre liberação comercial do trigo transgênico

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNbio) adiou a análise sobre liberação comercial e de importação do trigo transgênico. A avaliação estava na agenda do órgão nesta quinta-feira (10). A previsão é que o item volte à pauta da reunião de 5 de agosto. A subcomissão setorial permanente das áreas vegetal e ambiental ainda não decidiu a respeito, o que deve acontecer em 4 de agosto. 

CTNBio adia avaliação sobre liberação comercial do trigo transgênico

Imensidão de cultivo do agronegócio na região entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida como MATOPIBA. Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace

Como pode haver tanta produção agrícola e, ao mesmo tempo, tanta fome no país? Enquanto o agronegócio festeja e alardeia seu novo recorde de produção, esta pergunta ecoa nas panelas vazias e nos dados sobre a situação alimentar da população brasileira. De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto de Pandemia da Covid-19 no Brasil, 19,1 milhões de pessoas passaram fome e 55% não se alimentavam adequadamente no final de 2020. Ao mesmo tempo, o agronegócio brasileiro comemora produção histórica de grãos e crescimento de 5,7% do volume produzido nesta safra (2020/21), comparado à anterior.

Agronegócio comemora enquanto fome se agrava

Foto: Por trás do alimento

Estudo inédito apresentado pela pesquisadora Larissa Bombardi ao Parlamento Europeu alerta que também deve aumentar o desmatamento da Amazônia se acordo com Mercosul sair.

Acordo com União Europeia aumenta uso de agrotóxicos, diz pesquisadora que deixou o Brasil

Foto: Ecoportal

CTNBio tem conduzido o processo sem garantir participação das organizações e transparência. Liberação configuraria forte ameaça para saúde, meio ambiente e economia. 

Com intensa pressão de organizações, análise de liberação de trigo transgênico é adiada

Conheça o argentino que lucrará caso seja liberado o trigo transgênico

Gustavo Grobocopatel é sócio da maior produtora de soja e trigo da Argentina e fez parte da diretoria da empresa responsável pelo desenvolvimento da variante geneticamente modificada; CTNBio deve se reunir nesta quinta-feira para discutir a liberação.

Conheça o argentino que lucrará caso seja liberado o trigo transgênico